Você primeiro escolhe a empresa, para depois a empresa escolher você.

Quando estamos em busca de uma nova posição, a nossa preocupação é se apresentamos todas as qualificações, habilidades e competências solicitadas pela empresa. O foco está sempre na nossa pessoa, em como poderemos convencer o nosso entrevistador de que somos a pessoa certa para o cargo.

Mas, às vezes o que seria um sonho torna-se um pesadelo, pois em poucos dias após o início das atividades na empresa, você logo identifica que não faz parte daquela comunidade, entretanto pensa: “É somente uma fase de adaptação, mas logo irei me integrar ao time”. E assim, você se esforça mais e mais para se adaptar do que para efetivamente realizar o seu trabalho, se desgastando e mesmo, inconscientemente, fortalecendo a ideia de que ali não é o seu lugar.

Isto ocorre com alguma frequência dentro das empresas, e é muito ruim tanto para a empresa quanto para o profissional, pois em um curto espaço de tempo, a produtividade será afetada e a insatisfação irá aflorar para ambas as partes.

Pode ter existido aí uma falha do RH na contratação deste profissional, falha esta que é totalmente aceitável, pois é muito difícil identificar a personalidade, valores e propósitos de um candidato somente no processo seletivo e através de entrevistas. O foco sempre é dirigido às habilidades e competências dos candidatos. Aspectos pessoais são avaliados, mas sempre são uma aposta por parte da empresa contratante.

Na verdade, nós profissionais, somos em grande parte responsáveis por nos colocarmos nesta situação. A candidatura a uma posição deve ser definida após uma pesquisa aprofundada sobre a empresa, e havendo uma identificação entre ambos você terá mais chances de tomar uma decisão acertada.

Existem muitos modelos de gestão e cultura, e nem sempre nós nos adaptamos a eles, por exemplo; empresas familiares, costumam ser mais hierárquicas e tradicionais, de difícil adaptação as inovações. Também podem ser mais engessadas, com fluxos mais lentos e ramificados. Por outro lado, costumam ser mais humanizadas. Se você é uma pessoa mais ágil, que possui autogestão mais desenvolvida e prefere estar mais livre para tomada de decisão, provavelmente terá problemas na adaptação.

Procure saber e sentir na entrevista, qual é a mentalidade da liderança. É ela que irá definir o seu ambiente de trabalho e a sua qualidade de vida. Se possível, converse com alguém que já está na empresa ou busque informações de mercado.

Outro ponto importante, se você tem um objetivo arrojado de carreira, investigue se a empresa apresenta um plano de desenvolvimento de acordo com às suas expectativas, porque algumas empresas têm um foco muito forte neste quesito, já outras investem muito pouco em treinamento e desenvolvimento e no próprio plano de carreira. Saber como isto é visto pela corporação poderá evitar frustrações futuras.

E ainda, verifique os valores, missão e propósitos da corporação, pois eles devem estar alinhados com os seus. Trabalhar em algo que você não acredita acaba se tornando profundamente penoso e aumenta consideravelmente a probabilidade de um possível fracasso.

Assim, tomar algumas medidas pode poupar o seu tempo e o da empresa contratante: leia sobre a empresa em seu site, em redes sociais, em fóruns e em outras fontes para entender sua missão, valores e cultura organizacional. Além disso, pesquise notícias sobre a empresa e leia os comentários dos funcionários. Não tenha medo de fazer perguntas durante a entrevista, a fim de esclarecer suas dúvidas.

Portanto, antes da empresa optar pelo seu perfil profissional, você deve definir se a empresa é para você! E com as perspectivas alinhadas, as chances serão muito grandes de um casamento perfeito!

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