Quite Quitting ou Demissão silenciosa: É o assunto da vez no mundo corporativo.

O movimento que tem como objetivo evitar a síndrome de burnout começou a ganhar popularidade na última semana. Diversas opiniões apontam que esse movimento teve o seu pontapé inicial dado pela Geração Z e se espalhou no que chamam de “rede social vizinha”, o TikTok.

Mas afinal, o que é o Quite Quitting?

Consiste numa espécie de formato de trabalho onde o colaborador realiza as suas tarefas cumprindo apenas o que está dentro do seu escopo de trabalho e do que é pago pra fazer, eliminando assim as horas extras e encerrando a sua jornada exatamente no horário em que foi acordado lá no momento em que foi contratado. Explicando mais a fundo, o termo traduzido que significa “demissão silenciosa” na verdade não tem nada a ver com demissão. O colaborador simplesmente encerra a sua jornada de trabalho sem dar satisfações ou avisar que já está finalizando o seu dia, por isso a palavra “silenciosa” está presente no termo.

Outro ponto relevante é que a pandemia pode ter quebrado o limite entre a vida pessoal e profissional, uma pesquisa realizada com brasileiros pela Universidade FEA-USP identificou que 45% dos entrevistados alegaram trabalhar acima de 45 horas estando no formato home office, sem o tempo de deslocamento até o trabalho presencial, acabam iniciando a jornada de trabalho mais cedo porém ainda assim, encerram um pouco mais tarde.

A demissão silenciosa pode ser uma boa forma de estabelecer limites no trabalho e evitar abusos de empregadores e também evitar doenças como ansiedade e o burnout, mas será que ela funciona para todos? Acredita-se que esse movimento é destinado apenas para algumas pessoas, aquelas que possuem mais privilégios na estrutura social em que vivemos. E aí pode-se esquecer de parte da população que está dentro de grupos socialmente vulneráveis e que dependem totalmente do emprego e dos benefícios que ele oferece. A gente sabe que na prática o mundo coorporativo é bem diferente. Se o seu emprego e liderança não permitem de forma integral que a sua saúde mental e a vida fora trabalho sejam colocadas em primeiro lugar, vale a pena correr o risco de perder o emprego fazendo apenas o que você é pago pra fazer?

Muitas histórias de sucesso profissional contam e podem até romantizar as noites mal dormidas, os finais de semana incontáveis trabalhados, os momentos em que foi necessário abrir mão de convívio com a família para posteriormente ganhar muito dinheiro com sua profissão. É importante pensar que esse equilíbrio existe e não pode ser deixado de lado e que as exceções não podem virar uma regra. Afinal, cada um sabe onde quer chegar e as dificuldades a serem enfrentadas até alcançar o seu objetivo. Vale a pena refletir se aquela tão sonhada promoção de cargo vai chegar até você se não existir um esforço extra da sua parte.

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