Se você esteve ativo na internet nas últimas semanas com certeza viu circular nas redes sociais uma imagem do Papa vestindo jaquetas puffers super estilosas. E o que dividiu opiniões dos internautas pareceu ser o traje nada tradicional para o líder religioso, mas logo depois da grande descoberta, a discussão mudou um pouco.
A jaqueta que vestiu Papa Francisco foi criada por uma IA do Midjourney por Pablo Xavier, um artista de Chicago que viu a sua arte viralizar em pouco tempo. Com isso, o assunto do momento é, o quão as inteligências artificiais têm o potencial de criar imagens, textos e vídeos que facilmente são considerados reais como no caso da foto do Papa e trás uma reflexão muito importante sobre como saber o que é fake e o que é real dentro do mundo digital. Esse pensamento também esbarra na proteção e direitos autorais pois, essas IA’s utilizam milhares de conteúdos como base e os mesmos, são modificados por outras pessoas que muitas vezes não solicitam uma autorização da pessoa autora da obra original.
A internet pode parecer um lugar de “terra de ninguém” onde diversos conteúdos são compartilhados sem a veracidade dos mesmos e sem os devidos direitos aos seus criadores, é uma onda de plágio sem fim que pode preocupar os dois lados da moeda: quem cria e quem consome. A verdade é que está cada vez mais difícil distinguir a realidade da ficção como no caso de diversas notícias falsas que circulam em milhares de telas em questões de minutos tornando a informação falsa em algo quase verdadeiro devido a popularidade que toma.
Se você quer uma dica para não cair em falsas notícias, busque consumir conteúdos de veículos mais sérios e renomados. Sem contar, que é ótimo fazer uma comparação de uma mesma informação entre vários canais.
Acredita-se também que o futuro das redes sociais é justamente ter uma personalidade que comprove o que se fala por trás de seus conteúdos, e a prova viva disso é uma fala de Prabhakar Raghavan, vice-presidente do Google que, afirmou em um evento da Fortune que 40% dos jovens não utilizam a gigante da tecnologia como mecanismo de busca. É exatamente isso, a geração Z, utiliza o TikTok antes de comprar ou consumir produtos e serviços, isso porque a informação buscada está a um play de distância e é um conteúdo muito rápido de ver. Não é à toa que o aplicativo conta com mais de 750 milhões de usuários ativos, e a opinião sincera de criadores de conteúdo pode ser um grande influenciador nas tomadas de decisões dos jovens.
Nós, que estamos diretamente envolvidos com o mundo corporativo e nos utilizamos de notícias e informações para avaliação de mercado, marketing e outros fins, temos que redobrar o nosso cuidado em citações e exemplos.
Fica a dica!
