Era uma vez uma carreira sólida!

Chegou a vez das Carreiras Líquidas: Fluidez, Desafios e Oportunidades.


Há alguns, as carreiras eram extremamente sólidas. Era muito comum um profissional permanecer em uma empresa por 30, 40 anos ou mais. O profissional começava como estagiário e muitas vezes chegava a presidente da organização.


Hoje nós estamos presenciando o crescimento de carreiras cada vez mais voláteis e efêmeras, ou como o sociólogo polonês Zygmunt Bauman denominou no começo da década de 1990, “carreiras líquidas”, onde os profissionais permanecem em média dois anos na mesma empresa, segundo dados do Ministério do Trabalho, e ainda de acordo com um estudo da Catho Online, 50% dos profissionais abaixo de 25 anos ficam menos de um ano na mesma empresa.


A teoria da modernidade líquida de Bauman tornou-se muito conhecida no mundo todo. Para ele, todas as estruturas do ponto de vista de relacionamento e acordos sociais estão se tornando cada vez mais líquidas (como a água), ou seja, as pessoas na sociedade líquida tendem a não se comprometerem com nada, seja profissionalmente ou pessoalmente e os laços são igualmente muito tênues e sem a presença de vínculos fortes e sólidos.


Sendo assim, quando surge uma oportunidade mais atraente, as pessoas embarcam em outra jornada de uma forma extremamente fluida. Então, quando estão trabalhando ou executando alguma tarefa que não ofereça uma recompensa imediata ou que se torne entediante, o desejo é de mudar e não encarar o desafio de ficar, a fim de superar eventuais frustrações.


As carreiras líquidas trazem vários benefícios tanto para os profissionais quanto para as empresas. Para os profissionais, elas permitem maior autonomia e flexibilidade, satisfação, proatividade e desenvolvimento de novas habilidades e competências. Para as empresas, elas favorecem a inovação, a criatividade e a diversidade.


No entanto, as carreiras líquidas também apresentam muitos desafios e riscos. Entre eles, estão a falta de segurança ou vínculo empregatício, a dificuldade de planejamento, a necessidade de atualização constante e a concorrência acirrada. Também para as empresas, podem acarretar uma elevação de custos com processos de desligamento e contratação, treinamento, desenvolvimento etc.


Para finalizar, não existe certo e nem errado. Cada um define qual é a melhor forma de trabalhar e construir o seu próprio futuro. Também não existe geração melhor ou pior. Os tempos são outros, as oportunidades e os desafios são bem diferentes. O fato é que o mundo está cada vez mais complexo para o bem e para o mal, porque afinal os tempos são outros, o mundo está cada vez mais complexo e para ter sucesso a gente tem que se adaptar a esta nova realidade e lembre-se que não existe fórmula mágica. O importante é encontrar o modelo que melhor se encaixa aos seus objetivos e estilo de vida.

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