O que é importante para você? As Olimpíadas acabaram, mas as lições perduram.

Adiado de 2020 para 2021 devido a pandemia global causada pelo novo coronavírus, COVID-19, um dos maiores eventos esportivos da história terminou dia 08 de agosto, as Olimpíadas, este ano realizadas em Tóquio. Mas o que você extraiu dessa edição dos jogos?

As Olimpíadas têm origem grega e estão presentes na história há mais de 2 mil anos carregando o intuito de incentivar uma competição sadia entre atletas de todas as nações a cada quatro anos.

Em cada jogos olímpicos aparecem mais histórias de superação, e a de Tóquio não poderia ser diferente. Alguns exemplos ganharam o coração do Brasil durante as quase duas semanas de evento: a seleção feminina de voleibol do Quênia, comissionada pelo técnico Brasileiro Luizomar, e a primeira medalha de ouro do Surf como uma modalidade das Olimpíadas conquistada pelo brasileiro Ítalo Ferreira.

Isto porque a seleção do Quênia era composta por jogadoras que não eram consideradas profissionais devido à precariedade de seus treinos e de sua equipe técnica. A situação era tão drástica que chegou a ser reconhecida pela Federação Internacional de Voleibol (FIB), que mobilizou diversas pessoas do esporte de diferentes países e desenvolveu um projeto com o propósito de aprimorar as condições desse esporte em países com pouco incentivo e infraestrutura. Luizomar levou a seleção queniana para as Olimpíadas e apesar de não conseguirem nenhuma vitória, saíram se sentindo mais vencedoras do que muitas outras atletas apenas por ter a oportunidade de participar do torneio.

Já Ítalo Ferreira, brasileiro nato nascido em Baía Formosa-RN, tem origem humilde e começou a surfar com apenas 8 anos de idade. Na época, Ítalo não tinha dinheiro para equipamentos, então praticava o esporte utilizando tampas de isopor de seu pai. Ítalo recebeu sua primeira prancha de seus vizinhos e começou a participar e ganhar muitos campeonatos, mais tarde, em 2019, conquistou o mundial de Surf contra o bicampeão brasileiro Gabriel Medina e recebeu a oportunidade de competir na inédita participação do Surf nas Olimpíadas, que futuramente o tornaria medalhista de ouro pelo Brasil.

Todas essas histórias de superação trazem esperança para a população, mas nada é tão simples quanto parece. É necessário um trabalho duro e árduo para conseguir chegar em um nível tão alto, não apenas no esporte, mas em qualquer área da vida.

Para se tornar um dos melhores – ou o melhor – em qualquer situação, é preciso muito treino, e com isso, muito sacrifício. Grandes nomes do mercado e do esporte que são associados ao sucesso mostram que abdicar de momentos com amigos, família, viagens, noitadas etc. são importantes para conseguir evoluir constantemente e te colocar no topo.

Atletas treinam incansavelmente para a oportunidade de disputar grandes torneios de sua modalidade, como as Olimpíadas, cujo pódio talvez seja o mais notório do mundo esportivo como um todo. Infelizmente, muitos desses atletas não possuem grandes incentivos quanto os de esportes mais populares – tais como Futebol e Voleibol no Brasil – e acabam treinando em condições precárias. Darlan Romani é um exemplo disto. O atleta de arremesso de peso teve que treinar em um terreno baldio para se preparar para as Olimpíadas após o clube que ele frequentava ser fechado por normas sanitárias durante a pandemia. Esse foi apenas um dos obstáculos que Darlan teve que superar, o atleta precisou realizar seu treinamento distante de seu treinador Justo Navarro, que teve que regressar ao seu país de origem e não pôde voltar ao Brasil em razão das restrições na política de imigração. Devido às condições de seu treinamento, Darlan desenvolveu Hérnia de Disco e foi submetido a uma cirurgia, precisando ficar um período sem praticar o esporte. Além disso, contraiu o vírus causador da COVID-19 e após todos esses acontecimentos que comprometeram seu preparo físico e mental, Darlan conquistou o quarto lugar nas Olimpíadas, mesmo sem conseguir uma medalha, ganhou muito respeito e afeto de todos os brasileiros.

Não é fácil atingir o sucesso, é necessário muito esforço. E as Olimpíadas nos mostram que apesar de vários obstáculos no meio do caminho, nada é impossível. Se manter centrado no objetivo, apesar das adversidades, é a maior das lições que podemos aprender com os grandes vencedores, não apenas das Olimpíadas, mas da vida.

Quando se almeja algo grande, deve-se realizar atos grandes. Ítalo dedicou toda sua vida ao Surf; Isaquias Queiroz, mesmo após 3 medalhas no Rio 2016, tinha como objetivo a tão sonhada medalha de ouro e não desistiu até conseguir; Alison Dos Santos conquistou a medalha de bronze na modalidade 400 metros com barreiras com o 4° melhor tempo da história. O que esses nomes têm em comum? Todos tiveram origem humilde e pouca estrutura esportiva no início de suas carreiras, mas com muito trabalho, conseguiram realizar feitos enormes.

Talvez, todos esses atletas foram para os jogos com o mesmo sonho de levar uma medalha para casa, porém, alguns tinham outras metas a serem atingidas em paralelo, outras importâncias nesse momento histórico. Para as meninas do Quênia, foi importante a oportunidade de participação; para Darlan, a superação de todos as barreiras encontradas no caminho percorrido até as Olimpíadas de 2020 também foi muito importante, e vários outros atletas grandes que não citamos neste texto, pois a lista seria muito longa.

Então se pergunte: qual seu maior objetivo neste momento? Você renunciaria seu sono, seu tempo livre, saídas no fim de semana para se tornar o melhor? O que é realmente importante para você?

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