A autora do livro “O Poder de Delegar”, Donna M. Genett, doutora em psicologia e consultora de desenvolvimento organizacional, identificou que boa parte das lideranças possui grande dificuldade em delegar tarefas e isso compromete não apenas os resultados de uma entrega, mas também toda a qualidade no dia a dia das equipes. Assim como já vimos neste artigo, o microgerenciamento, o controle excessivo sobre as atividades delegadas, causa sobrecarga na liderança e pressão desnecessária sobre o funcionário, ocasionando grandes prejuízos de um modo geral. Porém, atribuir tarefas de maneira “largada”, sem objetividade e o detalhamento necessário, também pode trazer problemas.
É importante, desta forma atuar em um meio termo: nem controlar demais, mas também não deixar o funcionário completamente “solto” para que “se vire sozinho”. Com certeza um profissional ou equipe têm capacidade suficiente para encontrar ótimas formas de realizar uma tarefa, porém direcionamentos claros e detalhados vindos de uma boa gestão fazem toda diferença na qualidade do processo, cumprimento de etapas, prazos e até mesmo na confiança dos profissionais envolvidos.
Para garantir a produtividade e extrair a melhor performance de sua equipe, aqui vão algumas sugestões para você não correr o risco de “delargar”:
CONFIE NA SUA EQUIPE:
Delegar tarefas e deixar o colaborador livre para atuar, oferecendo o suporte necessário, é um dos meios mais eficientes de desenvolver um profissional. Ao viver experiências práticas, com a liberdade de cometer alguns erros (supervisionados) e receber apoio para corrigir o que for necessário, aumenta o aprendizado, a autoconfiança e eleva a qualidade profissional da equipe como um todo.
PLANEJE-SE:
Não chegue “do nada” e coloque as tarefas na mesa da primeira pessoa disponível. Observe seu time e perceba quem tem o perfil ideal para realizar aquele tipo de atividade. Além disso, avalie quais tarefas podem ou merecem ser delegadas, por exemplo, delegue o tático e fique com o estratégico ou delegue o que é de curto prazo e fique com o que é de longo prazo.
COMUNIQUE COM CLAREZA:
Oriente de forma clara e detalhada quais são os resultados esperados. Explique o “que” e o “porquê”. Já o “como” você pode até sugerir, mas deixe-o livre nesta parte, pois é aí que a mágica do desenvolvimento acontece, utilizando a comunicação transparente como uma chave mestra neste processo.
MONITORE – mas, na medida!
Estabeleça os pontos de checagem e as informações que você precisa receber no curso da tarefa. É importante combinar momentos de revisão juntos, por exemplo. Além disso, se mantenha acessível para sanar dúvidas.
SEJA REALISTA COM PRAZOS:
Não espere e nem exija que o funcionário leve o mesmo tempo que você para aquela demanda. É importante prever algumas “pausas” no caminho, para possíveis ajustes ou modificações.
FUJA DO MICROGERENCIAMENTO:
Respeite o combinado e evite cobrança excessiva sobre determinadas demandas. Entenda que delegar uma tarefa também pode significar um alívio no seu expediente, para que você possa dar atenção de qualidade a outras preocupações da sua gestão.
Delegar e Delargar são coisas completamente diferentes, assim como as consequências que cada uma das práticas pode trazer. Delargar pode significar uma transferência de autoridade e responsabilidade sobre a execução da tarefa, causando uma certa confusão e sentimento de abandono em seus subordinados, aumentando a probabilidade de erros, podendo impactar negativamente nos resultados da companhia. Isto ocorre porque a liderança não tem paciência e não quer perder tempo com tarefas que não gosta de fazer. Além disto, também existe a falta de um perfil mentor.
Lembre-se que o colaborador está ao seu lado, literalmente, para colaborar nos processos de trabalho e somar na divisão de tarefas, mas a excelência depende muito da sua forma de delegar e liderar.
Na aba serviços, em nosso site, você encontrará cursos e mentorias com foco no desenvolvimento de competências para uma liderança de alto desempenho. Aproveite e confira as opções!