Veja como andam as pesquisas!
A semana de 4 dias de trabalho, modelo que vem ganhando força em diversos países, finalmente chegou ao Brasil. Desde novembro de 2023, empresas de diferentes portes, impulsionadas pela iniciativa 4 Day Week Global, estão testando a jornada reduzida, com resultados preliminares animadores. No Brasil, mais de 30 empresas estão experimentando este modelo, em sua maioria localizadas em grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Campinas. Mas será que essa mudança vai se tornar realidade para a maioria dos trabalhadores brasileiros?
Pesquisas iniciais, como a realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicam que a semana de 4 dias está tendo um impacto positivo nas empresas participantes. Com menos horas de trabalho, os colaboradores se sentem mais focados e motivados, otimizando seu tempo e entregando resultados de forma mais eficiente. A redução da carga de trabalho contribui para a diminuição do estresse, da ansiedade e do burnout, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e positivo.
O dia extra de folga permite aos colaboradores mais tempo para cuidar da família, dos hobbies e do lazer, o que leva a uma maior satisfação com a vida em geral. Empresas com jornada reduzida tendem a ter taxas menores de rotatividade de funcionários, o que gera economia com custos de recrutamento e treinamento.
Apesar de todos os pontos positivos, nem todas as empresas e funções se adaptam facilmente à semana de 4 dias. É preciso um planejamento cuidadoso para garantir a eficiência do trabalho e a satisfação dos colaboradores. No entanto, esta prática pode ser aplicada a algumas posições, não sendo destinada à empresa como um todo, o que facilita a adequação a cada modelo de negócios.
Algumas empresas optam por reduzir a remuneração dos funcionários em proporção à redução da jornada de trabalho, o que pode gerar resistência por parte dos colaboradores. A semana de 4 dias ainda é um modelo pouco difundido no Brasil, e seu acesso tende a ser mais restrito a empresas de grande porte e setores específicos.
Logo, embora ainda seja cedo para tirar conclusões definitivas, a semana de 4 dias no Brasil se mostra como uma alternativa promissora para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e a produtividade das empresas. A continuidade do modelo dependerá da capacidade das empresas de se adaptarem à nova realidade e do engajamento dos colaboradores.