A resiliência é uma característica frequentemente mencionada quando estamos, por exemplo, lendo os requisitos para uma vaga de emprego. As empresas prezam por colaboradores que são resilientes, mas o que é resiliência?
O dicionário, coloca a resiliência como um substantivo feminino com duas definições:
- Característica dos corpos que, após sofrerem alguma deformação ou choque, voltam à sua forma original; elasticidade.
- Capacidade natural para se recuperar de uma situação adversa, problemática; superação.
No ambiente de trabalho, ser resiliente significa ter a capacidade de se adaptar às mudanças, lidar com o estresse e superar obstáculos. Essa habilidade é potencialmente importante para quem deseja se destacar e alcançar seus objetivos, sendo muito interessante para as corporações que desejam manter colaboradores com essa qualidade.
O Fórum Econômico Mundial coloca essa competência entre as mais relevantes para os próximos cinco anos, ao lado da autogestão e da tolerância ao estresse. Mas qual seria o limite da resiliência como colaborador?
Existe uma linha tênue que separa ser resiliente de suportar tudo no ambiente de trabalho. Saber distinguir processos e situações sem solução é importante para que você não se veja preso no discurso de que precisa ser resiliente, insistindo em projetos que não fazem sentido ou aceitando situações inaceitáveis.
Como o significado da palavra sugere, uma pessoa resiliente na medida certa se adapta, mas consegue retornar ao seu estado original, preservando seus valores, personalidade e aquilo de que não abre mão.
Na física, que deu origem ao termo, se um material não consegue retornar à forma original após uma força de deformação elástica, algo está errado. Por isso, ao sermos resilientes, é preciso prestar atenção aos sinais do nosso corpo e ao impacto da situação sobre nós.
Resiliência não é aceitar tudo e ultrapassar os seus limites, não é sobre ser invencível e invulnerável. É necessário entender que ser resiliente não é vestir uma máscara que nos impede de reconhecer o esgotamento e o cansaço.
A cegueira da resiliência pode dificultar o discernimento sobre se uma situação ou meta é realista ou não. O altruísmo exagerado pode gerar complicações na tomada de decisão, por isso é importante colocar os fatos na balança e não insistir em objetivos irreais, evitando a “síndrome da falsa esperança”, quando nós acreditamos que, de alguma forma, a situação irá mudar e criamos imagens positivas irreais ou nos cegamos à realidade. e.
Portanto, como tudo na vida, é preciso ter equilíbrio! Ser resiliente é essencial como uma qualidade humana para diversas ocasiões, tanto profissionais quanto pessoais, mas é necessário um olhar crítico e realista para não se deixar levar por uma adaptabilidade excessiva, que pode causar sérios problemas tanto para suas metas quanto para sua saúde física e mental.