A vitimização ou vitimismo pode ser muito destrutivo para as empresas!

Acredito que todos nós conheçamos pessoas que se vitimizam o tempo todo no mundo corporativo. Caso vocês não estejam lembrando de alguém, seguem abaixo algumas características de pessoas com este tipo de comportamento:

– Nada, nunca acontece de positivo.

– Reclamam o tempo todo.

– Vivem expondo a própria miséria (ninguém gosta de mim).

– São pessimistas (nada vai dar certo).

– Sofrem de mania persecutória. Sempre tem alguém perseguindo ou querendo prejudicá-las.

– São resistentes a mudanças (não consigo sair do lugar).

– Desconhecem seu potencial e qualidades.

– São auto sabotadores

– Tem repúdio inconsciente ao próprio sucesso e ficam incomodadas com o sucesso alheio.

– Incapacidade de autocritica.

– Falta de gratidão.

– Tem baixa motivação e reclamam quando trabalham sob pressão.

– Adoram a zona de conforto

– Tem baixo autoestima

– Estão sempre na defensiva

– Procuram sempre alguém que possa escutar suas mazelas para confirmar que realmente são vítimas do mundo e que digam “puxa, de fato você é uma coitada, que injustiça!”.

– Gostam de fazer com que os outros se sintam culpados quando não conseguem atingir seus objetivos. A frase mais comum é: “Veja o que você está fazendo comigo!” 

O curioso é que em geral estas pessoas gostam e sentem prazer e satisfação em assumirem o papel de vítimas, porque de certa forma elas precisam chamar a atenção, assim como uma criança desamparada e carente que evita assumir a responsabilidade de ser a protagonista de sua própria vida. É como se esta pessoa se colocasse em uma posição defensiva para que todos fossem “bonzinhos” e sentissem “pena” dela, assim ela ficaria imune e protegida de se expor e enfrentar os desafios da vida. Segundo John Gardner, romancista e crítico literário americano: “A autopiedade é de longe o mais destrutivo dos narcóticos não farmacêuticos. Ele vicia, dá um prazer momentâneo e afasta a vítima da realidade”.

É verdade que a vitimização ou vitimismo é realmente muito comum, mas em alguns casos pode se tornar patológico, necessitando de uma intervenção profissional, como coaching, mentoria ou mesmo psicoterapia.

Risco para as Organizações

É claro que é impossível excluir das organizações todas as pessoas com comportamento vitimista, mas é muito importante que os gestores ou os departamentos de RH identifiquem e proponham soluções para funcionários com este tipo de perfil, porque o risco de contaminação é muito grande. Em geral o vitimista procura o maior número de aliados possível para convencê-los de suas ideias. Normalmente em situações informais, no cafezinho, no happy hour, etc. O objetivo é sempre criar feudos, falar mal e reclamar da empresa, de algum colega, do chefe, etc. Nada está bom, tudo está muito ruim, mesmo que a empresa esteja crescendo, o vitimista irá encontrar alguma coisa para reclamar.

Afora estes fatores, o vitimista pode criar um ambiente tóxico, afetando todos os colegas ou departamentos. É relativamente fácil identificar um vitimista ou pessimista: basta olhar para a sua postura, geralmente arqueada, o semblante fechado e sempre mal-humorado. É difícil arrancar um sorriso do vitimista. Jamais pergunte se ele está bem. Provavelmente você irá ouvir alguma história que poderá acabar com o seu dia. Muito cuidado com os vitimistas porque eles são “sugadores” profissionais de energia e irão tentar te colocar para baixo. 

Sendo assim, acredito firmemente na necessidade de um rigor muito forte na contratação de profissionais, através de entrevistas com vários profissionais da organização, aplicação de testes comportamentais, etc. afim de minimizar o risco de contratar pessoas com este perfil.

Os custos e as perdas que tais profissionais podem causar às organizações poderão ser muito grandes. Na realidade, é difícil mensurar em números tais prejuízos, mas certamente são bastante expressivos, pois os vitimistas costumam ser altamente negativos e manipuladores, podendo causar danos ao espírito das equipes, ambiente organizacional e consequentemente os resultados das empresas.

Por fim, finalizo dedicando aos vitimistas um trecho do texto: “Filosofia do Sucesso” de Napoleon Hill, que diz assim:

Se você pensa que é um derrotado,

você será um derrotado.

Se não pensar, “quero tudo a qualquer custo!”

Nada conseguirá.

Mesmo que você queira vencer,

Mas pensa que não vai conseguir,

A vitória não sorrirá para você.

A luta pela vida nem sempre é vantajosa

aos fortes nem aos espertos.

Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória

é aquele que crê plenamente

Eu conseguirei!

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