Nós sempre caímos naquele debate interno sobre fazer o que amamos ou fazer o que dá dinheiro, não é mesmo? Ouvimos diversas vezes a frase ‘Escolha um trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida. Sabemos que, infelizmente, seguir esta premissa não pode ser uma realidade para todos. Mas, para aqueles que podem escolher e planejar sua carreira, será que essa é realmente a fórmula mágica para uma transição de carreira bem-sucedida?
Isto pode nos direcionar ao verdadeiro caminho do sucesso. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, em parceria com a empresa multinacional britânica de telecomunicações BT, identificou que os trabalhadores mais felizes são 13% mais produtivos. Se isso é uma realidade para as empresas, é também um motivo de impulsionamento para a carreira.
Vamos analisar juntos os prós e contras de seguir a paixão como bússola nesse processo.
Imagine um profissional apaixonado por culinária, sonhando em abrir um restaurante. Mas, ao se deparar com a dura realidade da gestão de um negócio, a paixão se transforma em desânimo. Afinal, lidar com contas, burocracia e filas de espera pode não ser tão prazeroso quanto cozinhar!
Embora a paixão seja um fator essencial para a felicidade no trabalho, nem sempre ela garante o sucesso da transição. É crucial analisar se suas habilidades e interesses se alinham com as demandas da nova carreira.
Por isso, ao invés de se apegar apenas à paixão, é fundamental realizar uma autoavaliação honesta de suas aptidões, experiências e conhecimentos.
Existe um conceito japonês chamado “Ikigai” que propõe encontrar a junção entre o que você ama fazer, o que você é bom, o que o mundo precisa e pelo que você pode ser pago. Essa interseção representa a zona ideal para uma carreira gratificante e bem-sucedida.
A transição de carreira é uma jornada de autodescoberta. Nem sempre o caminho mais óbvio é o melhor. Às vezes, as oportunidades mais promissoras surgem de caminhos inesperados.
“Fazer o que ama” é um ótimo mantra, mas não o único. Combine sua paixão com pesquisa, planejamento estratégico e desenvolvimento das habilidades necessárias para alcançar seus objetivos.
Acima de tudo, precisamos lembrar que a felicidade no trabalho é construída com base na realização profissional, na valorização das suas habilidades e na busca por um propósito que te motive a levantar da cama todas as manhãs.
Lembre-se: a transição de carreira é uma jornada individual, portanto, trace o seu próprio caminho, com passos firmes e a paixão como bússola, mas sem esquecer do mapa e da estratégia.
Fonte de dados: https://www.ox.ac.uk/news/2019-10-24-happy-workers-are-13-more-productive