Pandemia de BURNOUT no mundo corporativo!

Além da pandemia causada pelo coronavírus, estamos convivendo com outra pandemia, talvez até mais perigosa para o ambiente corporativo. Ao contrário da Covid-19, este mal não é causado por um vírus e sim pelo elevado nível de estresse, sobrecarga de trabalho e excesso de demanda na atualidade.

No burnout ocorre uma total combustão psicológica de fora para dentro (como o próprio nome diz), que leva à exaustão, ocasionando diversos sintomas e transtornos que se não cuidados devidamente, podem gerar prejuízos muito sérios no curto, médio e longo prazo.

O burnout é classificado hoje como uma doença do trabalho, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) e foi catalogada recentemente no CID 10 (Classificação Internacional de Doenças) como uma doença conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional e que surge após o indivíduo passar por situações de trabalho desgastantes, que requeiram muita responsabilidade ou por excesso de competitividade. 

O tratamento geralmente é muito complexo, com a necessidade de uma ação multidisciplinar, envolvendo a intervenção de um psiquiatra, psicoterapeuta, terapeuta ocupacional e, principalmente, apoio familiar. É importante destacar, que se não for tratado adequadamente, o burnout pode evoluir para depressão (às vezes com ideação suicida), transtornos de ansiedade (especialmente o pânico), dentre outras doenças cardiovasculares, gastrointestinais etc.

Na realidade, o prejuízo é muito grande para os dois lados, ou seja; para o funcionário que vai precisar se submeter a um longo período de tratamento e para a empresa que terá que arcar com os custos durante a ausência do colaborador.

Aliás, por falar em custos, recentemente foi publicado um estudo, também da OMS, que estima que a depressão, ansiedade e doenças relacionadas (inclusive burnout) custam US$ 1 trilhão por ano à economia global. No Brasil, os pedidos de afastamento do trabalho devido a transtornos mentais aumentaram 26% durante a pandemia. Infelizmente, o número de empresas que realmente tem uma atuação forte e se preocupam em enfrentar este problema ainda é muito pequeno e ainda não inventaram nenhuma VACINA capaz de atuar preventivamente contra esta doença, que só cresce ano a ano em todo o mundo. É muito importante estabelecer um ambiente propício e transparente para que as pessoas possam falar sobre este tema abertamente. Iniciativas como; promover palestras, realizar campanhas, treinamentos, dentre outras ações são sempre bem-vindas para conscientização de todos.  

Na realidade, precisamos parar de classificar os transtornos mentais no mundo corporativo como “mimimi” ou “frescura” e assumir que todos estamos adoecendo, funcionários e empresas e que todos precisamos de tratamento URGENTE, se quisermos preservar a saúde física e mental de nossos colaboradores e a saúde financeira de nossos negócios!  

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